Philodryas patagoniensis (Girard, 1858) - Cobra-palheira


Data: 12/03/2017
Local: Tramandaí, RS
    Serpente comum, de hábitos terrícolas, encontrada em toda a América do Sul, do nordeste do Brasil até o Uruguai. Habita áreas de campo aberto, capoeirais e borda de mata, onde alimenta-se de pequenos animais, praticando até mesmo o canibalismo.

Jovem realizando muda de pele. Data: 11/03/2017
Local: Cidreira, RS.
    A espécie é exclusivamente diurna, e seu pico de atividade nos meses frios é no período mais quente do dia, enquanto que em meses quentes a atividade maior é nos períodos da manhã e final da tarde. É uma espécie ovípara (reproduz-se através da postura de ovos), pondo de sete a 20 ovos nos meses entre novembro e janeiro. Como outras serpentes, durante a muda de pele, o indivíduo fica cego e vulnerável, isto devido à liberação de líquidos para a troca da pele antiga para a nova.

Indivíduo resgatado em uma residência. Data: 21/01/2017
Local: Getúlio Vargas, RS.
   É uma espécie considerada não-peçonhenta para seres humanos, de presas opistóglifas (voltadas para trás), o que dificulta a inoculação do veneno (fatal para pequenos animais). Apesar disso, alguns casos de acidentes com a peçonha de serpentes deste gênero (Philodryas spp,) já foram registrados. Igualmente, infecções bacterianas podem surgir após a mordida, devido à flora de microorganismos na boca do animal. Não é muito agressiva, mas pode tentar atacar se acuada. O ideal é não manipular serpentes se não tiver conhecimento da espécie.

Fontes:


BORGES-MARTINS, M.; ALVES, M.L.M.; ARAUJO, M.L. de; OLIVEIRA, R.B. de & ANÉS, A.C. 2007. Répteis p. 292-315. In: BECKER, F.G.; R.A. RAMOS & L.A. MOURA (orgs.) Biodiversidade: Regiões da Lagoa do Casamento e dos Butiazais de Tapes, Planície Costeira do Rio Grande do Sul. Ministério do Meio Ambiente, Brasília. 385 p.


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